Ideologia de gênero: uma breve explicação

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Origem:

Os resquícios mais longínquos desta ideologia encontram-se em Karl Marx, no seu livro (assinado por Friedrich Engels, dado que Marx morreu antes do término do livro) “A origem da família, da propriedade privada e do Estado” (ENGELS, 2014), em que se explica a origem da realidade familiar através de um viés de liberdade sexual extremada; Marx escreve este livro a partir das deduções de um antropólogo nominado na obra como “Morgan”, da Ancient Society. Segundo o livro, nas primeiras civilizações não haviam famílias consolidadas aos moldes que hoje conhecemos, mas havia uma vida sexual sem restrições na pré-sociedade, os homens tinham relações sexuais com todas as mulheres da aldeia ou tribo, culminando que os filhos não sabiam quem eram seus pais, (obviamente o filho sabia quem era sua mãe, porém desconhecia quem era o seu pai biológico), sendo criados todos na aldeia, em uma línea igualdade.

Para Marx, nesta sociedade havia, verdadeiramente, igualdade e justiça, sendo o “Estado” (tribo) responsável pela educação das crianças. Ainda baseado nestes estudos, Marx infere que, quando o homem começa a tomar para si certa demarcação territorial por conta da agricultura, ele encontra necessidade de doar os frutos de seus trabalhos a alguém, que geralmente designava-se ao sexo oposto, criando assim o princípio do “matrimônio”, com terras demarcadas, uma família sendo estruturada, e a mulher sendo tomada como “posse” pelo homem. Karl Marx, assim deduz que: o patrimônio (propriedade privada) é fruto do matrimônio. Segundo Marx, para que tenhamos uma correta revolução, chegando a igualdade plena, temos que destruir as raízes da propriedade privada, ou seja, o matrimônio, a família tradicional.

Após isso muitos marxistas entenderam a deixa de Marx: a revolução não viria por meios econômicos. O primeiro após Karl Marx a sublinhar enigmaticamente isso foi o filósofo marxista, Karl Korsch, que na 3ª internacional (congresso mundial sobre a filosofia marxista) de 1923, aponta que a revolução comunista deve atacar as “subestruturas” da propriedade privada, ou seja, o matrimônio, como antes Marx havia apontado. Max Horkheimer (um dos fundadores da escola de Frankfurt) posteriormente lança um ensaio intitulado “Autoridade e Família”, em que na mesma linha de Marx e Korsch, mostra que a autoridade, e por que consequência a posse de bens surgem no seio familiar, e se quisermos desmantelar a propriedade privada devemos antes desmontar a unidade familiar.

O desenrolar de uma ideia:

Muitos marxistas foram em direção contrária a este último livro escrito por Marx, optando pelas revoluções armadas, tendo por foco tomarem os poderes econômicos de determinado país, que anteriormente Marx havia sublinhado como caminho para o proletariado. Entretanto, outros entenderam o que o alemão havia apontado no final de sua vida: a revolução deve ser por meio da derrubada da unidade familiar.

Entendendo isso, nasce do meio das escolas marxistas um impulso direcionado à sexualidade e a “libertação” sexual feminina; a primeira a fazer uma espécie de manifesto em que aponta que a liberdade sexual deve ser extrema e sem pudor é a feminista Kate Millet, que em seu livro “Política Sexual” (MILLETT, 1969, 1970) mostra como deve ser a vida sexual libertadora de uma sociedade socialista, porém este livro trata-se apenas de um impulso para a revolução sexual que os marxistas pretendiam, esta obra de Kate Millet assemelha-se mais a um manifesto.

A primeira a fazer um ensaio que despertasse seguidores e defensores desta ideia foi Shulamith Firestone, socióloga e filósofa que propôs, através de seu livro “Dialética do Sexo”, a derrubada de todo e qualquer sistema familiar, e de pudor sexual na sociedade, Shulamith considerava que a mulher possuía um sistema opressor por natureza que era seu aparelho reprodutor, dizia ela que libertando a mulher da sua tarefa “socialmente imposta” de reprodutora da espécie, acabaríamos também com a unidade social, a família.

Citarei aqui algumas frases que se encontram nesta obra (obra que é possível encontrar para download na internet), as citações seguintes encontram-se na conclusão do livro, em que ela faz um amarrado de suas ideias conclusivas, e sua resposta para a revolução sexual:

“Assim, libertar as mulheres de sua biologia significaria ameaçar a unidade social, que está organizada em torno da reprodução biológica e da sujeição das mulheres ao seu destino biológico, a família. Nossa segunda exigência surgirá também como uma contestação básica à família, desta vez vista como uma unidade econômica” (FIRESTONE, 1970, p. 235)

“Com isso atacamos a família numa frente dupla, contestando aquilo em torno de que ela está organizada: a reprodução das espécies pelas mulheres, e sua conseqüência [sic], a dependência física das mulheres e das crianças. Eliminar estas condições já seria suficiente para destruir a família, que produz a psicologia de poder, contudo, nós a destruiremos ainda mais” (FIRESTONE, 1970, p. 237)

A total integração das mulheres e das crianças em todos os níveis da sociedade. Todas as instituições que segregam os sexos, ou que excluem as crianças da sociedade adulta, p.ex., a escola moderna, devem ser destruídas” (FIRESTONE, 1970, p. 237)

Liberdade para todas as mulheres e crianças usarem a sua sexualidade como quiserem. Não haverá mais nenhuma razão para não ser assim” (FIRESTONE, 1970, p. 237)

Cito textualmente as palavras da autora, pois não nutro a esperança que confiem em mim, numa espécie de fé cega, pelo contrário, peço que todos que lerem esta cartilha busquem tais referências citadas, para constatarem os fatos aqui apresentados com suas próprias conclusões.

A estratégia: Denominação do conceito Gênero.

Contudo, somente estes escritos — citados anteriormente — e os apoios de nomes importantes no meio acadêmico e midiático, não foram o suficiente para diminuir o poder e a união familiar. Teriam, então, de ajustar a estratégia, mas o foco a ser atacado já estava delimitado: a família.

Percebendo que a revolução não viria pelo simples ataque aberto à família, os marxistas-feministas entenderam que, o modus operandi da revolução era falho no seguinte ponto: a sociedade já estava profundamente enraizada em seu modelo familiar, e que ela não abriria mão deste modelo, a não ser que fosse convencido (doutrinado) internamente que este modelo é ruim, ou “opressor”. Como bem sabemos, a mudança estrutural de bases acontecem de dentro e não de ataques externos. E como é a forma mais basal de uma instituição? Segundo Michel Foulcaut é o discurso.

Resumindo, o que mantém uma instituição (Igreja, família, religião) firme em suas convicções são seus discursos, suas defesas conceituais. A Igreja católica manteve-se de pé pois seus discursos (apologias) foram mais fortes que as de seus inimigos. Na obra fictícia de George Orwell: 1984 (ORWELL, 2009), o governo totalitário — SOCING — só consegue parar os revolucionários que ameaçam sua hegemonia, quando estes ficam convencidos que os conceitos que embasam seus princípios não existem, e aceitam que a contradição e a verdade são realidades conciliáveis.

Em uma estratégia similar, os marxistas, baseando-se no pensamento do filósofo Jacques Derrida, conhecido por sua teoria desconstrucionista, montam uma verdadeira confusão conceitual partindo da palavra: “gênero”; Derrida ensina que: nenhum discurso se mantém de pé se conseguirmos desmontar seus significados originais (conceitos) através de um processo dialético de embate, ou seja, jogando palavras contra palavras até que através de uma confusão de termos os conceitos originais sejam rejeitados. Lembrando do que dissemos acima, as instituições são, em suma, seus próprios discursos, sem esses — conceitos — elas desmoronam. A estratégia então é desconstruir os discursos (os conceitos, princípios e defesas) que mantêm a família em pé.

Todavia faltava alguém que juntasse todas estas ideias expostas e as compilasse, de fato, em uma nova ideologia para a tão sonhada revolução sexual, esta pessoa foi Judith Butler. Feminista e conhecida por ser a teórica da ideologia de gênero, Butler em seu livro “El género en disputa” (BUTLER, 2007), concebe uma interpretação da sexualidade no mínimo assustadora. Para Judith devemos acabar com toda e qualquer classificação sexual, não podemos mais considerar pessoas como sendo naturalmente homens ou mulheres, pois, para a autora, a sexualidade é totalmente arbitrária e modificável, o que determina aquilo que somos enquanto gênero sexual são nossas vontades e desígnios psicológicos; são nossas inclinações psicológicas momentâneas que definem a que sexo pertencemos. A nossa natureza sexual, nada mais é que, uma das múltiplas sexualidades possíveis. A esta sua doutrina denomina como “sexualismo”, e as pessoas que se identificam com o sexo que naturalmente possuem (nascença), ela denomina como “cisgênero”. (Judith tem como base o experimento de John Money, realizado na década de 60, no famoso caso Reimer, tal fato será contado no próximo tópico, apesar de ser cronologicamente anterior a teoria de Judith, assim o fiz, pois considerei mais didático expor o a conceituação antes, e o experimento prático da ideologia de gênero por último).

Judith Butler conseguiu implantar seus conceitos revolucionários sobre a sexualidade em um documento chamado “Princípio de Yogyakarta”, que é um documento que possui estratégias de implementação, e interpretação dos princípios dos direitos humanos na área de orientação sexual e identidade de gênero. Em seu documento de 2006, no qual as ideias de Judith foram incrementadas, lê-se o seguinte no preâmbulo do texto documental referente a definição dada sobre “ideologia de gênero”:

“ENTENDENDO ‘identidade de gênero’ como estando referida à experiência interna, individual e profundamente sentida que cada pessoa tem em relação ao gênero, que pode, ou não, corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo-se aí o sentimento pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive o modo de vestir-se, o modo de falar e maneirismos.” (PRINCÍPIOS, 2015, grifos meus)

Gênero, por fim, seria a definição de algo indefinível, pois seria a relativização de um princípio que está à mercê da subjetividade temporal e arbitrária dos sentimentos pessoais de alguém; pautadas em nenhum princípio natural, advogam os defensores de tal ideologia, que o gênero é relativo à psique das pessoas. Ignorando qualquer enfrentamento factual do sexo biológico, naturalmente definido.

O experimento: Caso David Reimer – A ideologia na prática.

A ideologia de gênero já foi testada pelo psicólogo americano John Money, que no final da década de 60, depois de chegar a suas mãos um caso de mutilação genital de Bruce Reimer após uma circuncisão, o psicólogo decide, junto a família do garoto, que iria colocar em prática sua embrionária ideia de gênero. Para ele, a sexualidade de alguém pode ser moldada conforme a criação social que esta recebe, assim sendo, se Bruce nunca souber que nasceu homem, ele não terá problemas em “ser” mulher.

Muda-se cirurgicamente o sexo de Bruce, que passa então a chamar-se Brenda; Brenda (Bruce) passa a receber doses de hormônios femininos desde muito cedo, passando a ser criado como menina, desde roupas, tratamento escolares, entre outros métodos pedagógicos naturalmente usado com meninas, Brenda (Bruce) foi sendo doutrinada a ser mulher.

Porém Brenda (Bruce) não se reconhece como menina — para a frustração de Money, que já havia anunciado em vários periódicos científicos seu suposto “sucesso” no caso Brenda Reimer. Desde muito cedo Brenda (Bruce) se recusava a participar de brincadeiras femininas, suas roupas e brinquedos não as satisfaziam, tendo atitudes tipicamente masculinas. Na adolescência começou a enfrentar sérias crises psicológicas, levando-o à depressão. Seus pais, por fim, decidem contar-lhe toda a verdade aos 14 anos, ele sentindo-se melhor, começou a ter uma vida condizente com seu sexo biológico, agora sob o nome de David Reimer, reconstrói cirurgicamente seu órgão genital, chegando a se casar. Por outro lado, em sua família os resquícios do experimento de John Money deixaram fendas profundas, seu pai desenvolveu um quadro avançado de alcoolismo, seu irmão tornou-se drogado, vindo a morrer em 2002 de overdose por alta ingestão de antidepressivos, sua mãe com crises profundas de depressão por inúmeras vezes tentou se suicidar. David encontrando-se em meio a uma enorme confusão psicológica, aliado a um casamento conturbado dado a seus problemas psicológicos da infância, em 2004 suicidou-se em uma mercearia perto de sua residência.

Em uma entrevista à BBC de Londres ele afirma: “Eu não sou um professor de nada, mas você não acorda uma manhã decidindo se é menino ou menina, você apenas sabe”. (DR, 2015)

Conclusão:

Temos dois grandes tópicos a serem avaliados. Primeiro a conceituação: a “mãe” da ideologia de gênero, Judith Butler, define gênero como a escolha singular e arbitrária de uma pessoa, escolha essa que é autodefinitiva. Uma escolha que se torna verdade após alguém defini-la como sendo verdade, porém, totalmente modificável se a pessoa assim achar que deve mudar.

Poderá a partir da ideologia de gênero, por exemplo, uma pessoa que passou quarenta anos de sua vida sendo homem, em um belo dia acordar “sentindo-se” mulher, e assim, todo seu passado masculino é apagado, e a partir daquele momento torna-se mulher, pois a este nome “mulher” não há ligação biológica e natural, mas sim nas escolhas sentimentais arbitrárias de cada indivíduo.

Segundo, o experimento em si da ideologia de gênero: o caso de David Reimer, é por si autodeterminante para tais experimentos, tal caso, no fim acabou sendo um grande revés aos que apoiaram e ainda apoiam tal ideologia, ela é a prova factual de que esta ideologia é, profundamente, falha. Para finalizar, dou voz a David Reimer:

“Você vai sempre encontrar pessoas que vão dizer: bem, o caso do David Reimer podia ter tido sucesso. Eu sou a prova viva, e se você não vai tomar minha palavra como testemunho, por eu ter passado por isso, quem mais você vai ouvir?” (DR, 2015)

Autor: Pedro Henrique Alves

Referências:

BUTLER, Judith.El género en disputa: El feminismo y lasubversión de laidentidade. 1ª ed. Barcelona: Paidos, 2007

DR Money andthe Boy with No Penis. BBC: London, 2010. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/sn/tvradio/programmes/horizon/dr_money_qa.shtml. Acesso em: 22/07/2014.

PRINCÍPIOS de Yogyakarta: sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero. Disponível em: http://www.clam.org.br/pdf/principios_de_yogyakarta.pdf . Acesso em: 22/07/2015

ENGELS, Frederich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. 1ª ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014.

FIRESTONE, Shulamith. A dialética do sexo: um estudo da revolução feminista. Rio de Janeiro: Labor do Brasil, 1976. Edição original: 1970.

MILLETT, Kate. Política sexual, 1ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 1969, 1970.

ORWELL, George. 1984, 1ª Ed. São Paulo: Companhia das letras, 2009.

10 comentários

  1. Pedro

    Você confunde tudo e mistura categorias e escolas de pensamento sem saber ao certo o que escreve, começa com Marx e Engels e diz serem os dois os responsáveis pela confusão e crítica da família, isso é um erro, Rousseau já havia feito tal crítica e sugerido tal situação, no Emilio, Nas origens das línguas, no Contrato.
    Mas ruim mesmo é colocar Derrida e não Darrida, nesta coisa toda, ele é estruturalista, não é marxista, o que você citou não junta nada com coisa alguma na obra semiológica dele, leia a Gramatologia, há uma boa tradução em português. Se quisesse ser crítico deveria ler P. Bourdieu mais especificamente A Dominação Masculina, traduzido para o português, e se houver tempo, leia o casal Beck Ulrich e C. não há tradução para o português, são sociólogos alemães que tem um extenso e sério trabalho sobre as questões de gênero e da família.
    Com isso evita-se falar bobagens e misturar alhos com bugalhos, o problema semiológico da frase dita não é negação em si das coisas, mas é apenas discurso, o emitente e o outro é quem se predispõe a saber se há ou não verdade na palavra, significado e significante são mais complexos do que você desejou expor acima. Saber um pouco mais de linguística e filosofia da linguagem ajudariam a não fazer confusão.

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    • Dante, para começar eu disse que o foco da desconstrução familiar como princípio “revolucionário” começa em Marx, eu não disse que o ataque a família em um contexto mais amplo começa em Marx, pois isto já vem até mesmo de heresias como os cátaros, então pare de achar pelo em ovo. Segundo, não confundi nada não, se seguir o caminho e as referências que citei irá perceber o que eu digo; quando cito Derrida em nenhum momento falo que ele seja marxista, mas que os marxistas utilizaram de sua teoria; deve saber que para criticar um texto tudo começa de uma boa interpretação do mesmo, se eu disse que ele é marxista, poste a parte do texto que faço tal afirmação! Segundo, obviamente não sou doutor no assunto desconstrucionismo ou estruturalismo, e nem disse que o era, todavia, citei o que sua teoria aponta, e nisso não há erro, para Derrida os conceitos são mutáveis, e passíveis de mudanças quanto a seus significados, podem, obviamente, haver discordâncias sobre qual a intenção de Derrida, porém, negar que ele considera que os conceitos, em si, são mutáveis, isto não há como negar. Se estudou o autor sabe que é verdade.

      Porém, o que mais me alegra em sua crítica é que, você não desmentiu o centro irrigador do problema que eu aponto: a estratégia feminista, de origem socialista, para desmantelar a família tradicional. Pois isso é claro. É dificultoso desmentir bibliografias e citações textuais, citações tão constrangedoramente reais como as de Judith Butler não é? Nem se quer citou o caso dos Reimer’s, porque é difícil contrariar fatos né?! A verdade está ai para quem quiser comprovar. Sua fala não passou de um balbuciar asneiras.

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      • Pedro

        De verdade quem hoje se preocupa em preservar a família?? Ela mudou e continuará a mudar, sua concepção burguesa irá se transforma dada as novas possibilidades colocadas pela ciência, ter ou não filhos e como tê-los será uma questão de escolha de casais homo e héteros, a ideia de família como conhecemos se esfacelará, como já é visto hoje.
        Dois pais, duas mães, sem pai, sem mãe, ou seja lá o que possamos imaginar. A ciência, burguesa, abriu as portas para este novo mundo assim como a sexualidade, seus usos e abusos, se refizeram nestes últimos cinquenta anos, nada era como antes ou continuará sendo, e pouco há para se fazer que não seja o lamento conservador, no qual se inclua ai não só os cristãos como os socialistas, ultra caretas, vide as ditas sociedades socialistas que lidam de forma enviesada com a questão da sexualidade e da família. Neste quesito leia Beck é muito pertinente e técnica a leitura.

        Quanto a Derrida e o problema dos conceitos serem passiveis de transformação, bem ele deveria estar repetindo Descartes, Kant, Hegel, e todos os grandes pensadores, conceitos foram feitos para serem negados e superados, diferente dos dogmas.

        Para fazer a crítica ao marxismo use os marxistas, e não outros, tem caras ótimos é só procurar, deixe os caretas dos estruturalistas em paz. Por sinal Levi-Strauss desanca a espinafrar a questão de gênero e a família em sua obra, uma boa leitura é M. Segalen, você vai gostar ela desanca com as teses contemporâneas.

        Fica bravo não, mas deixa essa sanha de ver comunismo e marxismo em tudo, as coisas acabam ficando meio chatas, existem outros para serem estudados e pensados.

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      • Seu comentário mostra a face de suas crenças, sendo autodestrutiva por si, mas responderei. A sociedade e a humanidade só foi possível evoluir porque encontrou um eixo de equilíbrio e sustentação em um molde familiar. Conheço um psicólogo ateu, que não citarei nome por motivos óbvios, afirma que sem a estruturação familiar a criança perde quase que toda sua orientação de sociedade, cabendo aos meios alternativos dar-lhes princípios, o problema que isso ou cairá porcamente nas mãos do Estado, ou das ruas. Você afirmar que as famílias se modificarão é tão tolo como sua interpretação de texto, os inúmeros casos de adoções de duplas homossexuais, se demonstraram desastrosas a longo prazo.
        Você fala de ciência, Francis Collins o maior geneticista do mundo afirma que não há gene homossexual, apenas macho e fêmea, mas isso basta para os esquerdistas largarem suas concepções de revolução homossexual? Não. Porque a ciência só é útil a vocês quando essa corroboram com sua ideologia. Eu estudo o que eu quiser, e não to bravinho não, , (rs) se tem alguém aqui que precisa provar algo é você, por enquanto só vi afirmações espaças e sem fontes.
        Como sempre vocês, revolucionários, sempre fazendo afirmações futuras das quais não há dados factuais “o conceito de família será diferente”, “no futuro será desse jeito”… Pouco importando o que é verdade, e têm a pachorra de vim falar de ciência.
        Você Luiz, é uma piada, para você eu só posso rir.

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      • cara em que mundo vc vive, no que eu vivo 90% das famílias brasileiras confessam fé cristã, menos de 0,2% dos casais são homo afetivos, mesmo na Suécia onde a ideologia de gênero é amplamente difundida os conceitos ditos tradicionalistas continuam valendo, com menos de 10% de mulheres se formando em engenharias por exemplo, o que deu origem ao documentário “o paradoxo da igualdade”, todos os estudos científicos apontam para causas biológicas/hormonais nos casos de distúrbio de identidade de gênero e na homossexualidade, um estudo feito em 53 países do mundo constatou que a presença homossexual e transgênera se mante a mesma em todos eles (menos de 3% para homossexuais e menos de 0,6% para pessoas transgêneras) e isso é assim desde sempre, então onde esta sua base cientifica para apoiar sua tese de decadência da moral, tese essa repetida pelos papagaios de pirata ripes dos anos 50-60, e que obviamente não aconteceu até hoje, o desespero de vcs é que agora vêem claramente que a menos que SUA IDEOLOGIA seja imposta ela nunca acontecerá

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  2. Pedro

    Eu não vou perder tempo com um tolo cheio de crenças antiguadas e que se irrita por não saber. Hoje é possível tudo, fazer um filho por encomenda em uma barriga, em vitro, em empréstimo uterino, uma irmã gerar para outra irmã ou mesmo um mãe para uma filha, foi isto que falei. A sua dificuldade em ler e patente. E fique tranquilo, não vou recomendar leituras porque percebi que você não sabe ler, e obtuso pois me chama de esquerdista e tudo o mais, por favor quem cita Beck, Segalen, levi-strauss não pode ser assim taxado.
    Desculpe, mas você só é daqueles fanáticos burros tomados de sentimentos estranhos quando confrontado com o diferente, lamento mas a sua burrice é uma droga. E meu nome não é luiz, você não sabe ler mesmo!

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    • ora é vc se mostra um fanático doutrinado que apela para falacias desconstrucionistas e agressão/intimidação do seu adversário, o chamando de retrogrado mas apoiando ideologias que foram refutadas cientificamente a mais de 40 anos. fica claro que vc nunca teve uma aula se quer de matemática pois não sabe que 2% é muito menor do que 98%, biologia pois não há uma única especie sexuada que apresente gênero diferente de macho/fêmea ou hermafrodita.
      foi doutrinado a seguir cegamente sua ideologia e ofender quem apresenta A VERDADE cientifica, sitando Foucault não existe verdade apenas algo imposto por quem detêm o poder, claro porque só não voamos porque nos é imposta a gravidade.

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  3. Pedro

    Volto não. E nervoso, também não. Indignado com o seu fanatismo limítrofe e ignorante daqueles que nos faz lembrar os caras da extrema direita.

    Dante
    ps. você precisa aprender escrever, uma boa gramática ajuda. Não volto mesmo.

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